domingo, 31 de março de 2013

Questões de vestibulares de filosofia - parte I

Trabalho de filosofia do 1º bimestre, formulado por todos os alunos da classe e dividido em 4 partes

1. (ENEM- 2012) Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade
é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio
culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão
e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento,
tal é o lema do esclarecimento. A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma tão grande
parte dos homens, depois que a natureza de há muito os libertou de uma condição estranha, continuem, no
entanto, de bom grado menores durante toda a vida.
KANT, I. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? Petrópolis: Vozes, 1985 (adaptado).

Kant destaca no texto o conceito de Esclarecimento, fundamental para a compreensão do contexto fi losófi co da Modernidade. Esclarecimento, no sentido empregado por Kant, representa
A) a reivindicação de autonomia da capacidade racional como expressão da maioridade.
o exercício da racionalidade como pressuposto menor diante das verdades eternas.
C) a imposição de verdades matemáticas, com caráter objetivo, de forma heterônoma.
D) a compreensão de verdades religiosas que libertam o homem da falta de entendimento.
E) a emancipação da subjetividade humana de ideologias produzidas pela própria razão.


FONTE: http://veja.abril.com.br/educacao/enem-resolvido-2012/Q12.pdf

2 – (UFPR 2010) A respeito do iluminismo, movimento filosófico que se difundiu pela Europa ao longo do século XVIII, considere as seguintes afirmativas:
Muitos filósofos franceses, entre eles Montesquieu, Voltaire e Diderot, foram leitores, admiradores e divulgadores da filosofia política produzida pelos ingleses, como John Locke com sua crítica ao absolutismo.
Quanto à organização do Estado, os filósofos iluministas não eram contra a monarquia, mas contra as ideias de que o poder monárquico fora constituído pelo direito divino e de que ele não poderia ser submetido a nenhum freio.
A descoberta da perspectiva e a valorização de temas religiosos marcaram as expressões artísticas durante o iluminismo.
Em Portugal, o pensamento iluminista recebeu grande impulso das descobertas marítimas.

Assinale a alternativa correta:
          A) Somente a afirmativa 1 é verdadeira
          B) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras
          C) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras
          D) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras
          E) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras
       

Fonte: http://www.slideshare.net/cursohistoria/ufpr-2010-objetiva-gabaritada

3 - (ENEM 2011 - 2) Acompanhando a intenção da burguesia renascentista de ampliar seu domínio sobre a natureza e sobre o espaço geográfico, através da pesquisa científica e da invenção tecnológica, os cientistas também iriam se atirar nessa aventura, tentando conquistar a forma, o movimento, o espaço, a luz, a cor e mesmo a expressão e o sentimento.
SEVCENKO, N. O Renascimento. Campinas: Unicamp, 1984.

O texto apresenta um espírito de época que afetou também a produção artística, marcada pela constante relação entre
A) fé e misticismo.
B) ciência e arte.
C) cultura e comércio.
D) política e economia.
E) astronomia e religião.


Fonte: http://www.historiadigital.org/historia-geral/idade-moderna/renascimento/questao-espirito-do-renascimento/

4 - (FUNCAB-2012) Pensadores franceses ditos pós-modernos, como Jean-François Lyotard, Gilles Deleuze e Michel Foucault, romperam com pressupostos tradicionais da filosofia. É INCORRETO dizer que em meio a esses pensadores se apresenta a ideia de que:
A) a filosofia deve se abrir para outros saberes, em especial para as artes plásticas, a literatura e o cinema.
B) a razão e a ciência são operadas como instrumentos de poder.
C) a possibilidade da verdade e do conhecimento é infundada.
D) a realidade não existe, já que é simples efeito do discurso.
E) o saber filosófico deve explicar a sociedade e a cultura com base num sistema teórico, metodológico e sistemático.


Fonte: http://www.filosofia.com.br/vi_prova.php?id=119

5 - (Enem) "Quando se diz que a liberdade de um acaba quando começa a liberdade do outro, o que se procura no fundo é evitar o questionamento do que deva ser a liberdade. A posição limita-se a considerar o seu exercício, sem maiores especulações sobre o que efetivamente possa ser considerado como liberdade. Nestas condições, admite-se como direito de liberdade de um indivíduo ele realizar tudo quanto queira desde que suas ações não venham interferir na vida do outro."
Com base no texto acima, escolha a alternativa INCORRETA:

a) O ditado popular sobre os limites da liberdade, citado acima, longe de a explicar, foge do questionamento sobre ela.
b) A afirmação de que a liberdade de um termina na liberdade do outro diz respeito apenas ao exercício concreto da liberdade, sem no entanto preocupar-se com seu verdadeiro sentido.
c) O verdadeiro conceito sobre o que seja a liberdade reside no ditado popular que afirma que "a minha liberdade termina onde começa a liberdade do outro."
d) Quando pensamos apenas na prática da liberdade, toda a ação é possível para o indivíduo, desde que não interfira com o outro.
e) Em geral, os indivíduos estão mais preocupados com o exercício concreto da liberdade do que com seu conceito.


Fonte: http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20091209001722AAbJV84

6 - (UEL) Na segunda seção da Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant nos oferece quatro exemplos de deveres. Em relação ao segundo exemplo, que diz respeito à falsa promessa, Kant afirma que uma "pessoa vê-se forçada pela necessidade a pedir dinheiro emprestado. Sabe muito bem que não poderá pagar, mas vê também que não lhe emprestarão nada se não prometer firmemente pagar em prazo determinado. Sente a tentação de fazer a promessa; mas tem ainda consciência bastante para perguntar a si mesma: Não é proibido e contrário ao dever livrar-se de apuros desta maneira? Admitindo que se decida a fazê-lo, a sua máxima de ação seria: Quando julgo estar em apuros de dinheiro, vou pedilo emprestado e prometo pagá-lo, embora saiba que tal nunca sucederá".
Fonte: KANT, I. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Tradução de Paulo Quintela. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. 130.

De acordo com o texto e os conhecimentos sobre a moral kantiana, considere as afirmativas a seguir:

I. Para Kant, o princípio de ação da falsa promessa não pode valer como lei universal.
II. Kant considera a falsa promessa moralmente permissível porque ela será praticada apenas para sair de uma situação momentânea de apuros.
III. A falsa promessa é moralmente reprovável porque a universalização de sua máxima torna impossível a própria promessa.
IV. A falsa promessa é moralmente reprovável porque vai de encontro às inclinações sociais do ser humano.

A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:
a) I e II
b) I e III
c) II e IV
d) I, II e III
e) I, II e IV


Fonte: http://www.filosofia.com.br/vi_prova.php?id=47

7 - (VUNESP) Do ponto de vista dos valores, a ética exprime a maneira como a cultura e a sociedade definem para si mesmas o que julgam ser a violência e o crime, o mal e o vício e, como contrapartida, o que consideram ser o bem e a virtude. Por realizar-se como relação intersubjetiva e social, a ética não é alheia ou indiferente às condições históricas e políticas, econômicas e culturais da ação moral. (Chauí, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo, Ática, 2003, p. 17) 
Com base nessa definição, pode-se afirmar que a ética
(A) tem como pressuposto fundamental o relativismo dos valores.
(B) subordina-se necessariamente a valores religiosos.
(C) apresenta conotações que independem das relações humanas.
(D) apresenta pretensões universais do ponto de vista da sociedade que a institui.
(E) subordina-se a parâmetros científicos e cartesianos de conhecimento.


Fonte: http://www.filosofia.com.br/vi_prova.php?id=129

8 - (UEL) "Todos os homens, por natureza, desejam conhecer. Sinal disso é o prazer que nos proporcionam os nossos sentidos; pois, ainda que não levemos em conta a sua utilidade, são estimados por si mesmos; e, acima de todos os outros, o sentido da visão". Mais adiante, Aristóteles afirma: "Por outro lado, não identificamos nenhum dos sentidos com a Sabedoria, se bem que eles nos proporcionem o conhecimento mais fidedigno do particular. Não nos dizem, contudo, o porquê de coisa alguma".
Fonte: ARISTÓTELES, Metafísica. Tradução de Leonel Vallandro. Porto Alegre: Globo, 1969, p. 36 e 38.

Com base nos textos acima e nos conhecimentos sobre a metafísica de Aristóteles, considere as afirmativas a seguir.

I. Para Aristóteles, o desejo de conhecer é inato ao homem.
II. O desejo de adquirir sabedoria em sentido pleno representa a busca do conhecimento em mais alto grau.
III. O grau mais alto de conhecimento manifesta-se no prazer que sentimos em utilizar nossos sentidos.
IV. Para Aristóteles, a sabedoria é a ciência das causas particulares que produzem os eventos.

A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:
a) I e II
b) II e IV
c) I, II e III
d) I, III e IV
e) II, III e IV


Fonte: http://www.filosofia.com.br/vi_prova.php?id=47

9 - (PUC-PR) No livro Discurso do método (1537), Descartes estabeleceu algumas regras para bem conduzir a razão. 
I. Somente acolher alguma coisa como verdadeira após conhecê-la de maneira evidente.
II. Somente acolher como falso aquilo que foi estabelecido empiricamente como falso.
III. Dividir cada dificuldade a ser examinada em quantas partes forem possíveis e necessárias para resolvê-la.
IV. Refletir, antes de tudo, sobre as dificuldades em seu aspecto global; privilegiar sempre o todo em detrimento das
partes.
V. Conduzir em ordem os pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir,
pouco a pouco, como por degraus, até o conhecimento dos mais complexos compostos.
VI. Conduzir em ordem os pensamentos, começando a examinar as coisas a partir da sua importância moral até chegar
a sua importância histórica.
VII. Fazer, para todos os procedimentos, revisões e enumerações completas para ter certeza de que nada foi omitido.
VIII. Aceitar a fé como fonte do conhecimento a partir da qual tudo pode ser pensado.
IX. Observar a natureza para aprender a pensar.
Correspondem a todas as regras do método apenas os enunciados:
a) I, II, III e IV
b) I, III, V e VII
c) II, IV, VI e VIII
d) I, III, VIII e IX
e) I, VI, VII e IX


Fonte:  http://www.colegioparanapua.com.br/add/gabaritos/MODULO2/FIL.pdf

10 - (UEL) É amplamente conhecido, na história da filosofia, como Descartes coloca em dúvida todo o conhecimento, até encontrar um fundamento inabalável; uma espécie de princípio de reconstituição do conhecimento. Neste processo, Descartes elege uma regra metodológica que o orientará na busca de novas verdades. A regra geral que orientará Descartes na busca de novas verdades é 
a) a possibilidade do mundo externo.
b) a possibilidade de unirmos corpo e alma.
c) a clareza e distinção.
d) a certeza dos juízos matemáticos.
e) a idéia de que corpo e alma são entidades distintas.


Fonte: http://www.filosofia.com.br/vi_prova.php?id=30

Gabarito:
1A
2B
3B
4E
5C
6B
7D
8A
9B
10C

2 comentários:

  1. Nossa muito obrigada pela questões de filosofia de vestibulares. Eu adorei se tiver mais sobre Platão e Descartes tem como me ajudar. Obrigada.

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  2. Nossa muito obrigada pela questões de filosofia de vestibulares. Eu adorei se tiver mais sobre Platão e Descartes tem como me ajudar. Obrigada.

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